3 de julho de 2010

Agarro o vazio

Fecho os olhos e não é mais o teu toque que sinto, estico o braço mas já não te consigo alcançar. Partiste. E eu não sei onde ir para te trazer de volta.
As minhas mãos agarram o vazio, as tuas já aqui não se encontram. Se alguém agora as agarra, não o fará de certeza com tanto fulgor como eu o fazia, como eu ainda o faço nos meus momentos de solidão.
Não sei se conseguirás recordar o caminho de volta, só se o tiveres deixado traçado. Eu não o posso seguir: as tuas pegadas já foram apagadas pelo vento, o mesmo que te levou para longe.
Só nos resta uma forma de nos encontrarmos: recordando. Só as nossas memórias ainda se tocam, e nada mais.


7/8/09

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