Levaste um pedaço de mim, tiraste-mo, e eu permiti. Fui fraca, fui vulnerável… e agora não há forma de o recuperar.
Se algum dia olhares para trás, eu já lá não vou estar, à tua espera, à tua disposição. Tens parte de mim mas eu saberei como viver sem esse bocado, saberei como preencher o espaço, ou como aguentar o vazio. Não me posso é permitir continuar a viver na prateleira de onde me tiravas nos teus momentos de solidão, terei o meu lugar noutra prateleira, noutro canto.
Terás que saber como viver sem ter o teu porto seguro, sem ter a certeza de que se algo correr mal poderás voltar atrás. Eu não me posso permitir a que tires mais de mim.
Desculpa, tive de partir. Tive de conhecer novos horizontes, tive de dar algo a mim própria.
E um dia perceberás que é quando já não temos que damos pela falta, nesse dia temo que seja tarde de mais.
Este é o último adeus, e desta vez não existe um “até já”.
Não te esqueças de guardar o meu pedaço…
15/06/2010
Ponto final. Vamos ver é se é parágrafo.
Ao longo da vida, vamos deixando que nos levem pequenos pedaços de nós, mas também nós temos pequenos pedaços de outros! O ideal será escolhermos os pedaços que queremos dar e aqueles com que ficamos....!
ResponderEliminaré o melhor texto que escreves-te, reflecte tudo minha loira. Juro que me puseste a chorar enquanto estava a ler isto. Parabéns. O comentário da Famse está excelente mesmo!
ResponderEliminargosto muito de ti
Cardosa