15 de junho de 2010

Pedaços de esperança

Se a escrita parasse o tempo, viveria eternamente contigo, naqueles momentos que guardei vivos na minha memória e seguros no meu coração.
A porta ainda está aberta à espera que voltes. Não que a minha esperança seja tão intensa e credível como no início. O tempo apaga-a aos poucos, como uma onda a desgastar um rochedo. Ela permanecerá, nem que seja em detritos, mas ela será a última a morrer. Por isso a porta ainda está aberta, porque ainda podes voltar, ou porque simplesmente não desejo nada mais do que isso.
Às vezes sonho ver-te lá, a entrar como se tivesses saído apenas ontem e eu, inevitavelmente, corro para os teus braços. Queria berrar contigo, queria mostrar-te o quanto esta ausência me tem magoado, me tem transformado, mas ao ver-te só conseguia correr para ti, sem qualquer ressentimento.

Tu ainda podes voltar. Tu sabes que espero por ti. E quando não tiveres mais ninguém sei que vais voltar, porque eu não mudarei de sítio só para tu saberes sempre onde me encontrar…


2/11/09

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