15 de junho de 2010

Desperdiçar o tempo

Interrogo-me sobre o nosso rumo e se realmente nos leva ao encontro de alguém.
Não sei se é possível ter uma resposta concreta, mas não me limito a esperar que ela apareça.
A inércia que tantas vezes nos caracteriza não nos faz alcançar qualquer que seja o objectivo. As coisas ainda não caem do céu.
Há dias em que apetece revoltar-me. Há momentos em que os meus gritos mudos dão a volta ao mundo. O que me revolta é ver tanta gente à minha volta parada, é ver tantos braços cruzados, é ver tanta despreocupação. Desperdiçam tanta coisa, vivem o que não é essencial e só dão por isso quando algo, obviamente mau, acontece. Há dias que então percebo porque se diz que só se sente falta das coisas quando as perdemos.
Agora olho à minha volta e vejo tanta gente a chatear-se por coisas insignificantes, a deixar tanto por dizer, a esconder os sentimentos e o que me apetece é fazê-los ver a realidade, é perguntar-lhes se realmente é isso que é importante.
Porque é que toda a gente toma a maioria das coisas como garantidas?
E se um dia não puderem correr para os braços de quem amam? E se um dia não estiver a um simples passo quem mais precisam?
Só nesses momentos é que se vão arrepender de não ter vivido as coisas realmente importantes, de não ter dito as palavras certas nos momentos certos, de não ter dado o tal abraço…
Não temos que viver sempre a tentar desvendar o futuro, temos que viver o presente e tudo o que ele nos oferece.
Ninguém sabe o dia de amanha, por isso vivam o de hoje!


25/3/09

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