17 de junho de 2010

Não cortes ainda

As tuas palavras chegam mais longe do que eu pensaria ser possível, do que eu tencionava deixar. Passam o domínio do consciente, da racionalidade, por vezes até do suportável.
As palavras estão gastas. Olho à minha volta e vejo que estão. Mas eu continuo a senti-las como da primeira vez. Continuo a deixar que cheguem ao mais fundo possível.
Não sei se as dizes como eu as entendo, não sei se é a minha própria mente que as acaba por distorcer. Mas a verdade é que tocam. A verdade é que prendem.
É assim que ainda me sabes prender. É assim que ainda consegues manter aceso o que quer que isto signifique.
Não te pergunto por significados, porque enquanto tiver apenas o meu entendimento, e não uma explicação, a minha imaginação pode chegar até onde eu a deixar.

No dia em que me cortares as asas, então aí eu assento os pés.


2/10/09

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